Um dos balneários mais famosos do Estado, A badalada Praia da Bacutia, foi alvo do crime 171, estelionato. O golpe foi montado por uma vendedora de “salgados da GIZA” chamada Mirela, que embolsou dezenas de Pix de pessoas que frequentam ou moram na região, sobretudo idosos.
Ela inventou um falso acidente contra seu próprio filho, alegando que o menino corria risco de ficar paraplégico. Até a Igreja Católica fez uma barraca na festa junina da Associação de Amigos da Enseada Azul (AMEAZUL) para ajudar.
Segundo a história contada por Mirela, que trabalha na praia há quase 15 anos vendendo salgados da GIZA, seu filho teria caído de cabeça e precisava de uma cirurgia de coluna, tendo perdido todos os movimentos.
Mirela contava detalhes dos gastos de hospital em Ipatinga, onde o menino teria feito a cirurgia. Ela relatava a negociação financeira com médicos, os custos de helicóptero para transportar o menino e até detalhes do laudo médico de coluna.
Para convencer a todos, principalmente os mais idosos, Mirela chorava, levando as pessoas a se sensibilizarem e assim recebendo doações via Pix. Pessoas que foram vítimas do golpe ficaram assustadas com a frieza de Mirela ao usar o próprio filho como isca para o golpe.
O tempo de trabalho na praia rendeu relações de confiança e solidariedade, utilizadas abusivamente por Mirela para cometer o estelionato a dezenas de pessoas.
Esse tipo de golpe é classificado como crime de estelionato, previsto no artigo 171 do Código Penal. Algumas vítimas queriam levar o caso à polícia, mas Mirela prometeu devolver todo o dinheiro recebido.
Ela agora se diz arrependida e culpa uma suposta depressão pelo crime de estelionato, usando o próprio filho como vítima de um falso acidente que o deixaria paraplégico.
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