quinta-feira, 18 de abril de 2024 / 07:00
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Médico explica como retomar os laços afetivos pós-eleição

O processo eleitoral brasileiro deste ano envolveu, além do direito e o dever de exercer a democracia através do voto, uma polarização em um dos seus níveis mais altos no país com brigas, desentendimentos e términos estão cada vez mais presentes.

No entanto, as eleições passaram. E, agora? Como fazer para reconstruir vínculos familiares e afetivos com as pessoas amadas? O médico e terapeuta de constelação familiar, Andrei Moreira explicou que a maior parte da discussão política – qualquer que seja ela – é baseada em manifestações emocionais e repetição massificada de falas, com as quais nos identificamos e às quais somos fiéis pelo pertencimento familiar, religioso, social.

“A riqueza da democracia é a divergência, a tolerância e o respeito, com foco no bem comum. Somos diferentes e a diferença é enriquecedora, sempre que esta respeita a ética universal”, disse.

Conforme o terapeuta, “há circunstâncias que requerem a indignação justa, diante do franco desrespeito ao ser humano e à coletividade. No entanto, quero trazer aqui o foco para o que nos move em nossas ações e reações perante a diferença e a diversidade. Há um ditado da sabedoria popular que diz: “incomodou, doeu, leva para casa que é seu”. Isso se aplica a uma boa parte de incômodos que nos acometem no dia a dia das relações”, pontuou.

O médico explicou que a projeção é uma defesa psicológica que nos leva a apontar no outro aquilo que negamos, não aceitamos ou rejeitamos em nós. “Somos inconsciente e emocionalmente guiados pelas nossas dores e feridas afetivas, sobretudo as infantis, na relação com o outro”, disse.

Ele explica que, em tempos de intolerância, preconceitos e polarizações é útil observarmos o que nos incomoda naqueles que nos irritam e, para além do que é responsabilidade do outro – que a ele compete assumir – nos perguntarmos o quanto temos ou somos o que apontamos em quem acusamos, tanto quanto onde, internamente, aquela atitude ou circunstância nos toca em nossa história e emoções.

“O autoconhecimento e o acolhimento da própria sombra e, sobretudo, a decisão de se responsabilizar pelo que é seu, favorecem a compaixão, o estabelecimento de limites com respeito, a aceitação de si mesmo e do diferente, a inclusão e a afetividade. E é o afeto o grande alimento da alma e das relações saudáveis, em qualquer tempo”, finalizou.

 

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