quinta-feira, 10 de outubro de 2024 / 10:58
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Mais que flores, quero reconhecimento!

 

foto:astrocentro
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O emblemático “Dia Internacional da Mulher”. A mais de um século oficialmente, o dia 8 de março, conta a história de luta das mulheres, por direito e igualdade social, econômica e política.

Nestes 100 anos de luta pelo mundo, três momentos foram significativos. A primeira grande conquista foi o direito democrático ao voto, divórcio, educação e trabalho, no fim do século 19. O segundo, foi marcado pela libertação sexual com o uso de contraceptivos, no começo da década de 70. Já o terceiro, se deu com luta de caráter sindical, no início dos anos 80.

No Brasil, a mudança significativa foi a partir da década de 30, onde as mulheres tiveram um grande avanço no campo político. Mas só com a Constituição de 1946 que o direito pleno ao voto foi exercido de fato, pois assegurava o princípio de igualdade entre os sexos, a regulamentação do trabalho feminino. Na década de 70, o movimento feminino ganhou força com a criação do (Ano Internacional da Mulher), e a aprovação da lei do divórcio no Brasil. Os anos 80 foram marcados pela luta contra a violência às mulheres, e neste momento, criado o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM), subordinada ao Ministério da Justiça, com objetivo de eliminar a discriminação e aumentar a participação feminina nas atividades políticas públicas, econômicas e culturais.

Mesmo com todas estas importantes conquistas , há um longo caminho a percorrer. É uma data para avaliações e reflexões de valorização do gênero, de se homenagear conquistas, mas também para discutir a evolução da condição feminina, de maneira franca e realista , no Brasil e no mundo. Os salários ainda são desiguais, o índice de violência doméstica é muito alto,  o assédio público e o preconceito , ainda são velados.

foto:reprodução
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Atualmente fala se muito em empoderamento da mulher, mas empodera-se , quem não tem poder. Temos o poder, mas não nos unimos para usá-lo.”

Segundo dados do Portal Brasil; “As mulheres são a maioria da população, passaram a viver mais, têm tido menos filhos, ocupam cada vez mais espaço no mercado de trabalho e, atualmente, são responsáveis pelo sustento de 37,3% das famílias. Dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, divulgada pelo IBGE em 2013, indicam que viviam no Brasil 103,5 milhões de mulheres, o equivalente a 51,4% da população.” E  que  53% dos eleitores no Brasil são mulheres , e  só ocupamos 3,7 dos cargos de governantes, 11% das prefeituras e 13% das Câmaras municipais. Temos o poder de decisão, unidas podemos decidir qualquer reivindicação e pleito seja no âmbito  federal, estadual ou municipal.

Por isso, a união é a nossa melhor arma. Para conquistamos de fato mudanças estruturais, estabelecendo políticas públicas aplicáveis, fortalecendo os laços sociais, em defesa de todas. Então mulheres, hoje, com a mesma sutileza que agradecemos as flores, vamos cobrar nossos direitos!

Por Joseani Trindade

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