O vereador Devanir Ferreira discursou hoje, em sessão na Câmara Municipal de Vila Velha, sobre a violência doméstica. O vereador citou números e os meios utilizados contra as mulheres e fez um apelo ao Governo do Estado.
De acordo com Instituto Data Folha, divulgada em junho deste ano, a cada minuto, 8 mulheres são agredidas, espancadas e até mortas. Tem meninas, mulheres e idosas sofrendo neste instante nas mãos de covardes
Devanir Ferreira apelou para o governador Renato Casagrande usar o Fundo Soberano do Estado para ajudar a Polícia continuar combatendo o crime, para investir na segurança. “Um PM ganha pouco para enfrentar bandido. A Polícia está carente. Nossa Guarda Municipal está sufocada exercendo uma função que não é dela. Isso é responsabilidade do Estado”, disse.
O Vereador lembrou em sua fala as formas de violência e como ocorrem: “Mas não são apenas os números que me assustam. As modalidades de violência são diversificadas. Os agressores começam com humilhações e xingamentos. Depois passam para as ameaças de agressão física e perseguição. Por fim empurrões, tapas, socos, espancamento, tortura e morte. E Quando penso que não tem como piorar, esses monstros investem num arsenal de armas contra suas companheiras, ex-companheiras e outras mulheres. Pasmem! É corrente, foice, pé de cabra, facão, óleo quente, pedaço de pau, fios, revólver. E na falta de um destes instrumentos, eles usam os dentes para morderem e até arrancar o dedo da esposa. Chutam e espancam sem remorso. Em alguns casos, na frente dos filhos. Esses machões gostam de variar os instrumentos bastando à mulher escolher o sanduíche errado, discutir com ele, ir à casa de uma amiga ou querer o fim de um relacionamento abusivo. Pronto! São condenadas à agressão física e ao fim do direito de viver”, afirmou.
Ainda de acordo com o vereador, “todos os dias, mais de 50 mulheres procuram a polícia para denunciar violência doméstica. Para cada mulher assassinada ou que consegue denunciar, centenas de outras se calam por medo. E as que moram no interior? Como vão denunciar? Vão pedir seus maridos que as tragam para registrar a ocorrência?! Isso é bizarro!”.