Coluna de Opinião
Ricardo Rios
As expressões balão de ensaio e cortina de fumaça são bem conhecidas no mundo empresarial e mais ainda na política. A diferença é que uma deixa claro o que se deseja e a outra não. Assim, caso se queira testar algo para saber se vai dar certo, chama-se a isto balão de ensaio. Agora, se lanço algo, mas na verdade, vou lançar outro, isto é cortina de fumaça.
Em Guarapari podemos citar alguns: O primeiro foi a divulgação “extraoficial” do nome da Secretária Municipal de Educação, Tamili Mardegan, para a possível candidatura a prefeita. Como não foi bem aceita, houve um recuo dessa ação. O segundo foi a exposição da pré-candidatura de Ted Conti (PSB), a prefeito. Como não houve adesão, o PSB recuou. Esses foram os verdadeiros balões de ensaio.
Já a cortina de fumaça, é mais tenebrosa, por se cercar de segredos, falsidades e às vezes, maldades retiradas discretamente da caixa de pandora, que alguns guardam a sete chaves. Normalmente esse artifício é utilizado para que o autor não revele seus verdadeiros planos e movimentos, como foi o caso do lançamento das candidaturas a prefeito e vice, de Ted Conti (PSB) e Gedson (PODE). Essa cortina de fumaça foi para esconder que Gedson (PODE) caminha a passos largos para ser o vice de Zé Preto (sem partido). No caso de Ted Conti (PSB) é apenas o peão no tabuleiro, devendo ser descartado em breve.
Mas, a cortina de fumaça mais espessa e tenebrosa que atormenta o mercado político guarapariense, é o lançamento do candidato de Magalhães, feito no último dia 25. Vários comentários surgiram de todos os lados e o mais intenso é que Edson prepara um outro nome e que o pré-candidato Emanuel, seguirá até as convenções quando um ex-aliado de Edson voltará ao ninho de “mafagafo para mafagafar”, ou mesmo, lançar a própria Tamili Madergan, que estaria ali aguardando seu momento ou lançar um dos atuais vereadores da base.
Esta cortina de fumaça visa tirar esses prováveis candidatos do foco e desviar a rejeição, fazendo de Emanuel (um excelente servidor, mas neófito na política) receber toda a descarga negativa da rejeição “edsonista”. Esse projeto pareceu bem real quando Magalhães, em entrevista ao Jornal ESemFoco, disse que se o governador quiser, até a chapa majoritária pode ser alterada.
Parece uma cortina inteligente, mas, o tempo é muito curto para tantas peças já postas no tabuleiro, que não poderão ser descartadas simplesmente. Além disto, se for esse o plano, como se comenta nos bastidores, Edson estaria admitindo que tem alta rejeição e teria que engolir alguns sapos, para que tudo corra bem, o que convenhamos, conhecendo bem o prefeito, isto seria vexaminoso para ele, no entanto, como diria vovó: “meu filho você vai ver cada coisa!”.
De todo modo, os bastidores continuam intenso e isso faz parte da vida política, o que não se pode esquecer é de combinar tudo com o eleitor, que pode não gostar muito desses planos.
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