sexta-feira, 6 de dezembro de 2024 / 18:13
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Simpósio sobre Comunicação Pública na Ales debateu ‘Novas mídias e novas linguagens’

Profissionais e pesquisadores de Comunicação participaram do Simpósio realizado nos dias 18,19 e 20 de setembro, que celebrou 18 anos da TV Assembleia e 15 anos da Secretaria de Comunicação da Ales.

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Foto: Lissa de Paula/ ALES

A  ex-ministra-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Helena Chagas abriu o evento (18/9) com a palestra sobre “Comunicação Pública: para onde estamos indo?”.  A jornalista citou que os conceitos privado, estatal e público da radiodifusão estão previstos no artigo 223 da Constituição Federal. “Os três sistemas devem existir e devem se complementar; aqui (no Brasil) a TV pública ainda é fraca, porque nossa televisão começou como privada; mas na Europa, onde as TVs públicas deram início ao processo, isso se consolidou e lá o sistema público é muito forte, haja vista a BBC (rede de rádio e TV) na Inglaterra”, disse. A ex-ministra disse ainda que os comunicadores do sistema público precisam falar com todos os públicos e além de buscar audiência, produzir programas com qualidade e que atraiam as pessoas.

Foto: Tati Beling/ ALES

Um dos assuntos tratados no Simpósio foi “novas mídias, novas linguagens” que aconteceu na quinta-feira (19), na Mesa-redonda mediada pelo professor Dr.  José Antônio Martinuzzo (Ufes) com os jornalistas Daniel Adjunto (SBT/Youtube), Elaine Silva (Rede Gazeta), Zelita Viana (TV Assembleia) e a professora Dra. Ruth Reis (Ufes) como debatedores.

A professora e pesquisadora Ruth Reis falou sobre a mudança na comunicação, o uso das rede e a atuação dos algoritmos. “Muitas pessoas começaram a produzir comunicação e hoje existe abundância de informação. Há oportunidade e precaridade num sistema que se configura em rede.  É preciso também problematizar a questão dos algoritmos, como e por que essas máquinas direcionam os conteúdos e atuam na formação de bolhas nesse ambiente virtual onde a entrada de conteúdo é exponencial”, afirmou Ruth Reis.

O professor e jornalista José Antônio Martinuzzo destacou a importância de se pensar no coletivo diante de conteúdos cada vez mais customizados. “A Comunicação de massa e seus processos surgiram num tempo de avanço tecnológico e avanço das democracias. O jornalismo se constitui como produto para informar aos cidadãos. O que está colocado hoje é a vida do individualismo, a customização da informação, com a necessidade da viabilização da vida em comunidade, ou seja, indivíduo versus cidadão. Esse é um dilema de quem pensa e faz comunicação”, disse Martinuzzo.

O Jornalista Daniel Adjunto falou sobre a necessidade de buscar cada vez mais informações sobre aquilo que as pessoas querem. “As redes sociais particularizam os interesses das pessoas. Hoje não há certa obrigação como no rádio e na TV. Os comunicadores se adaptam e buscam transmitir a melhor informação para esse público”, comentou Daniel.

Também participaram da mesa Zelaine Silva, Jornalista, editora-chefe da Redação A Gazeta/ CBN/ Gazeta Online e Zelita Viana, Jornalista, especialista em Comunicação Pública e Jornalismo Político e  hoje é editora do Jornal Panorama, da TV Assembleia.  “A comunicação pública fala para o cidadão independente se estiver falando nos meios de comunicação de massa ou nas novas mídias, a questão é a mesma. O bem que ele vai adquirir é conteúdo  para que tenha condições de refletir”. Afirmou Zelita.

 

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