Advogo assiduamente para empresas que vivem do varejo e observei um aumento de 0,1% no volume de vendas no setor, como aponta o IBGE no mês de junho. Parece pouco, mas não é, senão vejamos.
Para um país continental como o nosso e que se apresenta praticamente estagnado economicamente, esse volume representa um alívio para um setor que vinha amargando quedas nas vendas e uma retração “monstruosa” no volume de negócios.
Somente para se ter uma noção, supermercados podem ter lucro positivo que varia de 0,1% até no máximo 5% em face das vendas no geral. Essa margem é super apertada para o empresariado, que trabalha no limite em um ambiente de alto risco e baixo lucro.
A ligeira alta nas vendas em junho ocorre após o setor ficar estável em maio, resultado revisado de uma leve queda de 0,1% divulgada anteriormente pelo IBGE. De acordo com a pesquisa, o volume de vendas do varejo diminuiu 0,3% na comparação a junho de 2018. No ano, as vendas do setor subiram 0,6%; em 12 meses e aumentaram 1,1%. O Estudo também mostrou que a receita nominal do varejo recuou 0,3% em maio, feito o ajuste sazonal, e cresceu 2,3% na comparação ao mesmo mês de 2018.
No caso do varejo ampliado, que inclui veículos e materiais de construção, além de outros oito segmentos, houve estabilidade em junho.
Certos estamos que os empresários supermercadistas desenvolvem atividade de alto risco em um mercado voraz e liberal, convivem com um lucro muito baixo e com um segmento de exclusão que não perdoa empresários que comentem mínimos erros.
Sabemos que empresários que operam com margens de lucro de 0,1% até 05 %, de acordo com a gíria popular, não podem “dar mole”, sob pena de serem “engolidos” pelo concorrente, pelo mercado e até pela Administração Pública se errarem tecnicamente, tendo vista que com uma margem de lucro tão “magra”, não se pode “vacilar” mesmo.
Nesta linha, o IBGE revisou o dado de maio, de 0,2% para 0,5% de avanço. As vendas de veículos subiram 3,6% em junho, na série dessazonalizada, após terem caído 0,4% um mês antes. Já as vendas de materiais de construção tiveram baixa de 1,2%, após queda de 2,8% em maio.
Em relação a junho de 2018, o volume de vendas do ampliado cresceu 1,7%. Com isso, o setor acumula alta de 3,2% no ano e de 3,7% em 12 meses.
Ora, ouve sim aumento, contudo vale registrar que o empresário tem que funcionar no Brasil em formato completamente responsável, vez que um mínimo deslize pode certamente ocasionar a sua “quebra”.
A receita do varejo ampliado (dado que não desconta a inflação) aumentou 0,2% no mês em junho e 3,8% na comparação com igual período do calendário anterior.
Assim, não temos segredos: os empresários precisam de equipe altamente técnica, competente, enxuta e com preços de contratações que sejam exequíveis por parte do contratante, senão fecha o mês lamentavelmente no “vermelho”.
São números ainda tímidos, mas que refletem o desejo do mercado de sair da estagnação e voltar a crescer. Entretanto, por meio de simples pesquisa, eu concluo que o empresário capixaba para sobreviver tem que ter uma pasta enxuta, responsável, ética, honesta e externamente conservadora, uma vez que qualquer curva pode sim afetar fatalmente a atividade empresarial que é de alto risco e baixa lucratividade em nossa nação.