É cada vez mais comum encontrar pessoas que dizem não frequentar uma sala de musculação por sentirem incômodos e dores. Ao longo do tempo em que estou inserida na musculação, me deparo com várias patologias apresentadas pelos alunos, algumas crônicas e outras ocasionadas pela rotina de trabalho.
Entre elas, as que se apresentaram com mais frequência, foram a fibromialgia, condromalacia, hérnia de disco, síndrome do carpo, artrose e tendinite. Em praticamente todos os casos, os alunos se limitavam e recusavam a execução dos movimentos, chegando uma aluna a dizer a seguinte frase: “não mexe, não. Se incomodar eu nunca vou parar de sentir dores mesmo“.
Buscando informações em livros que abordavam o assunto, alguns médicos e fisioterapeutas indicam a musculação para minimizar os sintomas dessas doenças, respeitando sempre o limite de cada paciente.
No início do processe da musculação com esses alunos, é importante testar com segurança o limite de cada um, se atentar as queixas apresentadas e trabalhar de forma individual. Exercícios de baixo impacto, fortalecimento, isometria e exercícios unilaterais foram os que trouxeram melhora para a maioria deles.
Um aluno com Fibromialgia, ao final desse processo na musculação, conseguia executar o movimento de agachar perfeitamente sem sentir dores, fruto da persistência do professor e aluno.
O progresso no treino do aluno deve ser entendido, respeitado e estabilizado para que possa trazer benefícios reais ao mesmo. Algumas pessoas não têm essa paciência, e a qualquer sinal de evolução atropelam o passo a passo, o aluno volta a sentir dores e desiste.
É possível um paciente que tenha uma patologia (sejam as citadas ou qualquer outra) frequentar a sala de musculação como parte do tratamento e melhorar sua qualidade de vida, lembrando sempre que o tratamento clínico recomendado pelo médico não deve ser abandonado e outros métodos podem somar ao tratamento, como a hidro e fisioterapia.
Esse aluno na musculação deve ser acompanhado sempre de perto, qualquer sinal de retrocesso, novas dores e incômodos, o método empregado deve ser reavaliado.
Procure sempre uma academia que tenha profissionais capacitados e dispostos a orientar e lidar com as suas adversidades.
Thamires L. Moraes
Bacharel/ Licenciatura Educação Física, pós-graduada em Educação Física Escolar.
O conteúdo do texto é exclusivo e de responsabilidade do autor.
18/07/2018
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