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Coluna de opinião: Os números de Magalhães falam por si

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Coluna de Opinião

Ricardo Rios


Dando continuidade à análise dos períodos de governo do prefeito Edson Magalhães, que ao final do atual mandato em 2024, irá completar 14 anos de gestão, analisaremos os números do município extraídos do Tribunal de Contas do Estado; da revista Finanças Capixabas; dos Índices da FIRJAN, iniciando em 2007, primeiro ano completo da gestão Magalhães.

Como registramos na coluna anterior, falta bastante para Edson ser um bom gestor, já que monta um discurso que não condiz com a realidade das Contas do Município e apresenta muitas controvérsias em suas ações, como algumas que precisam ser melhor explicadas: a compra do prédio para a nova sede da prefeitura; a desapropriação do shopping paris; as obras paralisadas; os banheiros químicos com ar condicionado; a silenciosa ausência de um cemitério público (hoje a metodologia é desastrosa); o terreno desapropriado para a construção da nova sede da prefeitura; o transporte coletivo entre outras.

E os números da gestão Magalhães, dizem o quê? A disponibilidade financeira de Guarapari com recursos próprios em 2022 corresponde a 343 mil, enquanto Colatina, de mesmo número de habitantes, tem mais de 56 milhões, indicando que a cidade saúde tem um mau planejamento financeiro.

Em 2022 a arrecadação deixa Guarapari em 10º e Colatina em 8º lugar, o que se explica, em parte, pela intransigência do prefeito em recusar emendas de Deputados que não são seus aliados, fato antigo e irresponsável com a cidade, já que tais receitas poderiam trazer novos investimentos e mais distribuição de renda. Veja-se que em 2007 a cidade saúde ocupava a mesma colocação, ou seja, em 15 anos pouco ou nada fez o gestor para o desenvolvimento econômico da cidade

Essa baixa arrecadação levou Guarapari a 73ª colocação em renda per-capta do Estado, desde 2007, assim, há clara distorção dos investimentos na cidade, pois um planejamento bem elaborado visaria melhorar a arrecadação e desenvolver políticas de crescimento econômico, de renda e de emprego, criando uma cadeia entrelaçada com resultados na melhoria da qualidade de vida do guarapariense.

Essa estagnação se demonstra nos índices dos investimentos e despesas ao longo dos anos. Em 2007 foram feitos investimentos da ordem de 10,5% sobre a arrecadação, já em 2022, foram 11%. Na Saúde e na Educação, também em 2007, a cidade era a 75ª em despesas e em 2022 passou para a 76ª posição, desta feita, nessas áreas também estagnaram.

Segundo o Tribunal de Contas, Guarapari gastou em 2022 com saúde, cerca de 520 reais por pessoa, enquanto Colatina gastou 1.024, e na educação gastou 3.194 por aluno enquanto Colatina gastou 5.140. Só para melhor se entender, em 2009 Guarapari ocupava o 73º lugar em investimento por aluno, já em 2022 passou para 78º, último lugar. Já na saúde, a cidade estagnou em 10º em investimentos, tanto em 2009 quanto em 2022.

Para consolidarmos tais informações acima, verificamos os Índices de Desenvolvimento dos municípios realizados pela FIRJAN, que quanto mais próximo de 1 melhor. Em 2007 o índice do município era de 0,70; da educação 0,65; da saúde 0,81 e emprego e renda 0,65. Em 2016 os mesmos índices foram 0,74; 0,80; 0,90 e 0,51, o que demonstra que a gestão faz mais do mesmo e ainda caiu em emprego e renda.

Ainda pode ser pior, pois a prefeitura de Guarapari em 2015 ocupava o 71º lugar em transparência e em 2020 passou para 66º, o que demonstra que se há algo que não alcança nenhuma preocupação do prefeito é ser transparente, talvez porque ele saiba que os números falam por si sós.

O conteúdo do texto é exclusivo e de responsabilidade do autor

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