Coluna de Opinião
Ricardo Rios
Dando continuidade à análise quanto aos obstáculos de cada partido nas próximas eleições em Guarapari, vamos nos debruçar sobre o PL. Além disso, vamos tentar desvendar o maior mistério político guarapariense. Quem será o candidato de Magalhães?
O PL tem uma história nesta cidade saúde de resultados positivos e negativos, como todo e qualquer partido. Mas, algo que ficou registrado foi a conquista da rotatória do trevo da BR 101. Alguns lembram do movimento encabeçado pelo PL, cujo presidente regional era o então deputado federal Neucimar Fraga, o presidente da municipal era o ex-vereador Luiz Rosa e este que assina esta coluna o secretário da municipal.
Na época estiveram na Câmara Municipal para um debate sobre os inúmeros acidentes que ocorriam naquele local, diversas autoridades, entre elas o Diretor Geral do DENIT, que prometera resolver a situação, fato concluído provisoriamente com a colocação de gelos baianos no meio da pista central, obrigando os motoristas a fazerem a rotatória, enquanto o projeto definitivo não ficava pronto.
Mais à frente, já em 2008, o presidente do PR Luiz Rosa, foi eleito vereador e levou o partido para a base do prefeito, no entanto, pouco antes das convenções de 2012, pela imposição do senador Magno Malta, o PR foi para a coligação do candidato a prefeito Ricardo Conde(PSB), o que desfez os planos do PR e prejudicou a reeleição de Luiz Rosa.
Desde então o PR (hoje PL), só voltou a ter representante junto ao legislativo municipal em 2020 com a eleição vereador Marcelo Rosa. Já em 2022, para a surpresa de muitos, o PL conseguiu eleger o vereador Zé Preto a Deputado Estadual, contudo, os votos recebidos não foram concebidos única e exclusivamente pelo trabalho do ex-vereador.
Votos circunstanciais! Por que os votos migraram para Zé Preto? Primeiramente, a desistência de Gedson Merízio que concorreria a uma vaga na Assembleia. Em segundo lugar, a rejeição de Edson Magalhães que muito atrapalhou ao candidato Wendel Lima. Em terceiro, Zé Preto (PL) está no partido que recebeu votos de uma direita conservadora. Em quarto, o total desconhecimento de Tyago Hoffmann em Guarapari e por último, o fracassado e desastroso mandato do então deputado Carlos Von.
Todos esses fatores contribuíram para a eleição de Zé Preto (PL), não sendo seu capital político, pois o que vemos em parte foi pura e mera circunstância, trazendo sobre ele uma obrigação muito maior na apresentação de resultados, o que vemos pouco até o momento.
Noutro ponto, o deputado Zé Preto (PL), se agarra a um grande e influente empresário do ramo imobiliário tentando trocar de partido em paz em busca da prefeitura, todavia, os universitários estão relutantes, sendo este o grande desafio do PL, manter-se vivo na disputa em 2024, com ou sem Zé Preto (PL), que conseguiu a proeza de desagradar seu partido no dia seguinte à eleição, aliando-se ao governador.
E o candidato do Edson Magalhães (PSDB)? Está no forno, segundo informações do núcleo fechado do prefeito, que entende que qualquer um apoiado por ele será o eleito. Ele só não pode esquecer de combinar com os eleitores. Na próxima coluna mais detalhes.
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