Guarapari está cheia de visitantes que desejam curtir a virada do ano na beira do mar. Hotéis e pousadas com quase 100% de ocupação, restaurantes e comércio movimentados e as praias lotadas.
Os turistas chegam de todos os lugares e de várias formas. São muitos que desembarcam no novo aeroporto de Vitória com destino final para Guarapari, mas a grande parte dos visitantes vem pelas estradas e rodovias. Ônibus, vans e veículos de passeio invadem o município trazendo um mar de turistas. Todos são bem-vindos e ajudam a manter a cidade de pé. Como no conto “A cigarra e a formiga”, Guarapari depende do verão para se manter no inverno.
Enquanto as autoridades não se conscientizam de que o turismo precisa ser observado como ferramenta de combate às desigualdades sociais, os empresários e empreendedores se veem obrigados a explorar os turistas como forma de sobrevivência. A degradação encontrada na cidade fica mais evidente no verão devido ao grande número de visitantes, o que se repete em quase todos os municípios capixabas. Talvez a capital Vitória seja uma força contra essa maré exploratória apresentando alternativas sustentáveis. Na contramão da capital, Guarapari carece de política pública eficaz.
Em um rápido raciocínio podemos perceber o descaso do poder público com o turismo na cidade: os reservatórios de esgoto dos ônibus vão de 150 a 250 litros em média e necessitam de lugar apropriado para o despejo. Aproximadamente, 150 ônibus chegam à cidade, a cada período de três dias. Assim, no verão – 45 dias – passam no mínimo 5.000 ônibus, todos descarregando os dejetos de seus banheiros em Guarapari, o que significa no mínimo, 1.000.000 (um milhão) de litros de esgoto jogados na cidade.
O único local capacitado para receber essa demanda é o Rodoshopping que é apontado por visitantes como a rodoviária mais bonita do país, mesmo assim, o prefeito que prometeu a rodoviária para a população, abandonou os investidores no meio do caminho e virou as costas para o Rodoshopping, como fica claro em vídeo divulgado por taxistas que fazem ponto no local. Veja vídeo:
Sem fiscalização, estacionamentos irregulares surgem na cidade e recebem os ônibus de forma inadequada. O esgoto (fezes) é jogado nas ruas e com as chuvas são levados ao mar. Os turistas, que procuram em Guarapari as mais belas praias, caminham pelas ruas como água que corre procurando um destino. O triste é que assim como os turistas encontram as praias, mais de 1 milhão de litros de esgoto despejados pelos ônibus nas ruas da cidade também encontram o mar através das vias pluviais.
Para o prefeito Edson Magalhães, “pão e circo” serve como máscara para desviar os olhares da desorganização gerada pela falta de planejamento estratégico do poder público municipal.
O esgoto que desemboca a céu aberto na Praia do Morro sempre que chove, pode acabar se a prefeitura fiscalizar os estacionamentos irregulares para coibir os ônibus que despejam seus dejetos de forma inapropriada. O caso mais conhecido na cidade é o estacionamento que surge todos os anos em área pública que fica em frente à Igreja Católica da Praia do Morro, além de não possuir estrutura adequada para receber os ônibus, ainda é explorada de forma ilegal.
Mas, pelo visto, é mais fácil contratar shows. Fiscalizar dá muito trabalho e pouca repercussão nas urnas.
Feliz ano novo, triste esgoto velho.
Isso é a maior mentira que os ônibus despejam o esgoto no meio das ruas , cada habitante hoje em dia tem um celular e filmaria isso certamente .
Detesto esse prefeito viado , mas falar isso sem provas não dá para aceitar .
TURISMO É A SOMATÓRIA DE DIVERSOS SETORES
PÚBLICOS E PRIVADOS É A CONSCIÊNCIA DOS MORADORES NAS ATITUDES MÍNIMAS DO DIA -DIA NA PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE ,TURISMO NÃO É ÁÇÃO DE GOVERNO É UM PROJETO INDEPENDE DE QUEM ESTÁ NO PODER.